segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

LA AMAZONIA CONCENTRA GRAN PARTE DEL TRABAJO ESCLAVO EN EL BRASIL


Actividades económicas que destruyen la selva están asociadas a delitos. Los Estados del Para, Mato Grosso y Marañon son los más afectados por este problema. 

Desde, Rio de Janeiro-Brasil.

No viven como prisioneros encadenados, no son transportadas por barcos malolientes y ya no se venden en los mercados, pero son considerados como esclavos.

Muchos trabajadores brasileños siguen siendo llamados así por el agua sucia que beben, porque duermen hacinados y se ven obligados a comprar equipos para llevar a cabo su trabajo; y, a menudo, no pueden dejar el trabajo porque tienen deudas con el jefe. Lla mayoría de estos casos ocurre en la Amazonía. 

Según el último registro de empleadores que han utilizado mano de obra de esclavos liberados por el Ministerio de Trabajo y Empleo (MTE), el 66% de los delitos graves se produjeron en los estados pertenecientes a la Amazonia, una región que abarca los Estados de Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins y parte de Maranhão. El registró, publicado dos veces al año por el gobierno desde 2003, es conocido popularmente como "lista sucia" y reúne a 201 nombres de los agricultores y las empresas. 

Según los datos recogidos por la Comisión Pastoral de la Tierra (CPT), el 51% de los casos de trabajo esclavo en 2008 se produjeron en relación con la crianza de ganado. "Los trabajadores [se encuentran en esta situación] llevan a cabo la limpieza y el mantenimiento de los pastos, e instalan vallas", dice el Fraile Franciscano, Plassat Javier, coordinador de la campaña contra el trabajo esclavo de la CPT. 

La segunda actividad en la mayoría de los casos de concentración de trabajo análogo a la esclavitud en 2008 fue la producción de carbón, que representó el 17% del total. Según Plassat, estos casos son comunes en las cercanías del Polo de acero de Marabá, en Pará, donde el carbón se utiliza para la producción de hierro.

Más allá de las coincidencias geográficas y actividades económicas -la producción de carbón y el ganado son identificados como una de las principales causas de la deforestación… y la mano de obra esclava también esta relacionada con la deforestación. 

"Son regiones inhóspitas, donde no hay material o infraestructura institucional. No hay presencia de la supervisión del Estado. El campo está abierto para la práctica incontrolable. Tenemos, por ejemplo, grandes dificultades para llevar a cabo la supervisión de la Tierra del Medio Ambiente en el sureste paraense, donde hay muchas quejas", informa Plassat. 

Los productos resultantes de la utilización de este tipo de delito también revelan la proximidad de las actividades que causan impacto en el bosque. Según el científico político Leonardo Sakamoto, coordinador de Repórter Brasil, ONG que trabaja para combatir el trabajo esclavo, los bienes se consumen debido al auge dentro y fuera de Brasil. 

"Se trata de la carne de vacuno, soja, madera, carbón de leña -se usa en la producción de acero -, la producción de frutas, como el cacao y la caña de azúcar," afirma Sakamoto, quien investiga las cadenas de producción en las que está involucrada este tipo de delincuencia. 

Grupo Móvil 
Casi toda la mano de obra esclava es detectada en flagrante proceso de operaciones. Estos operativos son llevados a cabo por el grupo móvil de inspección. Además del trabajo de aquellos que llevan a cabo trabajos de fiscalización, estas acciones involucran a miembros del Ministerio Público del Trabajo y de la Policía Federal. 

En 2008, el grupo fiscalizó 255 haciendas y liberó a 4.634 personas. Según la nota, publicado por el MTE, el trabajo esclavo se produce en "situaciones de trabajo forzado, trabajo extenuante de servidumbre debido a deudas contraídas y trabajo degradante;, lo que significa ausencia de los derechos relacionados con la salud y la seguridad". 

Según Sakamoto, pocas personas van a la cárcel por cometer este tipo crimen, porque prácticamente no hay condenas penales. Sin embargo, hay algunas sanciones económicas. Además de supervisar e imponer multas a la empresa o al hacendero, estos pueden entrar a formar parte de la "lista sucia". De estar en esta lista no podrán recibir financiamiento de los bancos y de los organismos públicos. 

Quien entra en la lista también pueden perder los clientes que firmaron el Pacto Nacional para la Erradicación del Trabajo Esclavo, que es el documento que las empresas firmaron comprometiéndose a no comprar productos de aquellas empresas que han cometido este tipo de crimen.
 
"Hay también acciones civiles públicas del Ministerio Publico del Trabajo", informa el investigador. Para salir de la lista de gobierno, los hacendados deben esperar dos años y pagar todas las deudas y multas de trabajo generados en el momento de la investigación.


Texto en Brasileño

Amazônia concentra maior parte de casos de trabalho escravo no Brasil

Atividades econômicas que destroem floresta estão ligadas ao crime. 
Pará, Mato Grosso e Maranhão são estados mais afetados pelo problema.

Eles não vivem presos a correntes, não são transportados em navios féditos e nem são vendidos em mercados, mas são considerados escravos. Muitos trabalhadores brasileiros ainda são chamados assim porque bebem água suja, dormem em alojamentos superlotados, são obrigados a comprar equipamentos de trabalho e muitas vezes não podem deixar o emprego porque têm dívidas com patrão. E a maior parte desses casos acontece na Amazônia.

Segundo o último cadastro de empregadores que utilizaram mão-de-obra escrava divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 66% dos flagrantes do crime ocorreram em estados pertencentes à Amazônia Legal, região que abrange Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. O cadastro, divulgado semestralmente pelo governo desde 2003, é conhecido popularmente como “lista suja” e reúne 201 nomes de fazendeiros e de empresas. 

De acordo com dados levantados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), 51% dos casos de trabalho escravo ocorridos em 2008 estavam ligados à pecuária. “Os trabalhadores [encontrados nessa situação] fazem limpeza e manutenção dos pastos, além de instalarem cercas”, explica o frei Xavier Plassat, coordenador da campanha contra o trabalho escravo da CPT. 

A segunda atividade que mais concentrou casos de trabalho análogo à escravidão em 2008 foi a produção de carvão, que respondeu a 17% do total. Segundo Plassat, esses casos são comuns nos arredores do pólo siderúrgico de Marabá, no Pará, onde o carvão é utilizado para a produção de ferro.

Além da coincidência geográfica e das atividades econômicas – a produção de carvão e a pecuária são apontadas como umas das principais atividades causadoras do desmatamento –, as causas do trabalho escravo também são próximas às do desmatamento. 

“São regiões inóspitas, onde não há infraestrutura material quanto institucional. Não há presença do estado fiscalizador. O campo é aberto para práticas incontroláveis. Temos muita dificuldade para levar a fiscalização para a Terra do Meio [região do sudeste paraense], por exemplo, onde há muitas denúncias”, relata Plassat. 

Os produtos resultantes da utilização desse tipo de crime também revelam proximidade com atividades que causam impacto à floresta. De acordo com o cientista político Leonardo Sakamoto, coordenador Repórter Brasil, ONG que atua no combate ao trabalho escravo, mercadorias com essa origem são consumidas dentro e fora do Brasil. 

“Carne bovina, soja, madeira, carvão vegetal – usado na siderurgia –, produção de frutas, como o cacau, e cana-de-açúcar”, enumera Sakamoto, que pesquisa as cadeias produtivas em que é recorrente esse tipo de crime. 

Grupo móvel

Quase a totalidade dos flagrantes de trabalho escravo são realizados em operações do grupo móvel de fiscalização do MTE. Além de fiscais do trabalho, participam dessas ações membros do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Federal. 

Em 2008, o grupo fiscalizou 255 fazendas, libertando 4.634 pessoas. Segundo nota divulgada pelo MTE, o trabalho escravo ocorre em “situações de trabalho forçado, jornada exaustiva, servidão por dívida e trabalho degradante, que significa ausência dos direitos relacionados à saúde e segurança.” 

Segundo Sakamoto, poucas pessoas vão para a cadeia por cometerem esse tipo de crime, pois praticamente não existem condenações criminais. Há, contudo, algumas sansões econômicas. Além da fiscalização gerar multas, a empresa ou fazendeiro pode entrar para a ‘lista suja’, deixando de receber financiamento de bancos e agências públicas.
 

Quem entra para a lista também pode perder os clientes que assinaram o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, documento em que empresas se comprometem a não comprar de quem cometeu o crime. “Há também ações civis públicas do Ministério Púbico do Trabalho”, relata o pesquisador.
 

Para sair da lista do governo, os fazendeiros precisam esperar dois anos e pagar todas as dívidas trabalhistas e multas geradas no momento da fiscalização.

  

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