domingo, 4 de abril de 2010


Cesto herdado de indígenas permite pescar com a mão no pantanal amazônico

Atividade ocorre no norte do Maranhão, região com baixíssima altitude.
Pescador fica horas dentro da água e pode mergulhar para pegar o peixe.

Localizado no norte do Maranhão, uma região de baixíssima altitude, o pantanal amazônico abriga populações que dependem de hábitos e conhecimentos primitivos. Um exemplo disso é o cesto sem fundos, feito de madeira trançada, herança dos povos indígenas.


A ferramenta é indispensável para a sobrevivência dos moradores de regiões alagadas. Ela serve para praticar a chamada pesca de choque, em que o peixe é capturado com as mãos.


São cinco, seis horas dentro da água e longas caminhadas em busca do peixe. Um trabalho que exige olhar treinado e habilidade de pescador. Uma legião de homens armados com arpões primitivos entra nos banhados. Todos em busca do mussum - uma espécie de enguia que vive no fundo lamacento dos lagos.


O grande desafio na pesca do mussum é achar as galerias subterrâneas na planície alagada. Os pescadores utilizam uma espécie de arpão para fisgar o peixe dentro da lama. Muitas vezes o pescador desaparece embaixo d'água – em um exercício de fôlego e muita paciência.

"A pessoa vai correndo a mão no chão, acha um buraquinho e ele está lá dentro", descreve o pescador José de Fátima Martins Francisco.



Carlos Minc deixa ministério com menor taxa de desmatamento da história

Governo conseguiu reverter situação de cidades na lista negra do corte.
Mas, segundo dados da ONU, país ainda é o maior desmatador do mundo.


Em cerimônia oficial realizada nesta quarta-feira (31) em Brasília, o ministro Carlos Minc deixa o cargo na pasta de Meio Ambiente para se concentrar nas eleições que ocorrem em outubro. Candidato a uma vaga como deputado estadual pelo Rio de Janeiro, ele será substituído por Izabella Teixeira, que fez carreira no Ibama e é secretária-executiva do ministério.

Outros nove ministros também deixam o cargo para concorrer às eleições de 2010. No discurso de despedida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a atuação de Carlos Minc no processo de liberação para a construção da futura usina hidrelétrica de Belo Monte, que vai represar parte do Rio Xingu (PA).

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A maior floresta tropical do mundo representou uma das principais frentes de trabalho da pasta na gestão de Minc. Na semana passada, na quarta-feira (24), foi
aprovado o projeto de Macrozoneamento Econômico e Ecológico da Amazônia, que preserva obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), mas impõe restrições ao agronegócio na região.

Na sexta-feira (26), Minc conversou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre possíveis doações de novos 12 países ao Fundo Amazônia.


A luta contra o desmatamento também foi destaque entre as ações do ministério sobre a Amazônia. Em fevereiro passado, Minc disse que o corte ilegal na floresta estava em controle pela primeira vez no país. Mesmo assim, entre agosto de 2008 e julho de 2009, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a floresta perdeu 7.008 km², a menor taxa anual desde quando começaram as medições, em 1988. Em outubro e novembro do ano passado, 247,6 km² foram desmatados.


Durante a gestão de Minc, o governo consegui reverter a situação de alguns do municípios que mais ameaçavam a floresta. Paragominas (PA), por exemplo, patrocinou uma reviravolta ambiental e deixou a lista negra do desmatamento, em que ocupava o primeiro lugar. Segundo informou o ministro há cerca de uma semana, dos 43 municípios que compõem a lista (a maioria no Pará e em Mato Grosso), 30 reduziram o desmatamento em mais de 54% em 2009, comparado ao ano anterior. Apesar disso, um relatório divulgado pela FAO, agência da ONU para agricultura e alimentação, aponta que o Brasil ainda registra os maiores índices de desmatamento do mundo.


Conferência do Clima

O compromisso internacional do Brasil em preservar a floresta amazônica foi anunciado pelo governo durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorreu em dezembro passado, em Copenhague, na Dinamarca.

O país se comprometeu a reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões projetadas para 2020. As principais medidas para alcançar a meta se concentram na atividade agropecuária, na indústria de energia e siderurgia e no combate ao desmatamento.


Belo Monte

Antes de deixar o ministério, Minc ainda aprovou, em fevereiro, a licença prévia para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, na região de Altamira, na Amazônia paraense. A obra, cujo orçamento é de R$ 20 bilhões, foi descrita por Minc como a maior e mais polêmica das previstas no PAC. Tanto que a construtora responsável pela obra terá de cumprir 40 exigências de ações socioambientais, orçadas em cerca de R$ 1,5 bilhão.


Nova ministra

Nascida em Brasília, a bióloga Izabella Teixeira subsitui Carlos Minc e assume a liderança na pasta de Meio Ambiente. Atual secretária-executiva do ministério, ela fez carreira no Ibama, onde começou a trabalhar em 1984. Izabella também foi subsecretária de Estado do Meio Ambiente no Rio de Janeiro, entre 2007 e 2008.



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