sábado, 17 de julho de 2010

No Acre, batalhão de selva do Exército tem onça-pintada como mascote



Leitor enviou fotos do banho semanal da fera.

Tupã, como é chamado o felino, é um animal dócil, conta.

O 61º Batalhão de Infantaria de Selva em Cruzeiro do Sul (AC) tem como mascote uma onça-pintada macho chamada Tupã. O leitor Michael Leite, que é tenente no batalhão, enviou ao Globo Amazônia fotos em que aparece dando banho na fera. Tupã é dócil e semanalmente é levado até um igarapé para nadar, relata Leite.

A natação foi a forma encontrada para que não passasse todo o tempo trancado na jaula. Pela Amazônia são comuns casos de onças que ficam sem a mãe, acabam recolhidos pelas pessoas e não aprendem a caçar, o que impede que sejam devolvidas à natureza.

É importante ressaltar, no entanto, que estes animais não são adequados para domesticação, pois, quando adultos, têm comportamento imprevisível e podem representar perigo para as pessoas.


Verão na Amazônia é alternativa ao frio das praias do Sudeste



Salinas, no Pará, tem praia durante o dia e baladas à noite.

Na Ilha de Algodoal, a hospedagem é em um vilarejo rústico.

Fugindo do frio nas praias da região Sudeste do país, turistas aproveitam as férias no verão da Amazônia. Na praia de Salinas, no Pará, por exemplo, a temperatura média para o mês de julho é de 32 graus.

Nessa época do ano, a praia recebe muitos turistas que fogem do frio em outras partes do país. "Aqui, a natureza é agradável, a gente fica mais tranquilo", diz a professora Rosiléa Socorro, que foi descansar na praia.

Durante a noite, Salinas oferece barracas gigantes com músicas para os jovens. Os estilos e ritmos são variados, com sons eletrônicos e regionais, por exemplo.

Outra cidade no nordeste do Pará também vê o movimento turístico crescer durante o verão amazônico. É a Ilha de Algodoal, em que só é possível chegar de barco, a partir de uma viagem de 30 minutos que tem origem em Marapanim.

A ilha tem um vilarejo com opções mais rústicas de hospedagem. Reflexo de uma recepção turística que conta com energia elétrica há apenas cinco anos. Ambiente ideal para sossegar.


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Índios pedem R$ 563 mil ao governo para encerrar protesto em Brasília


Grupo quer reembolso de gastos com viagens, hotel e alimentação.

Manifestação teve início em janeiro; Justiça determinou desocupação de área.

Índios que ocupam a Esplanada dos Ministérios em Brasília (DF) desde o início do ano pediram mais de R$ 500 mil ao governo federal para encerrar o protesto, iniciado em janeiro. O pedido aconteceu antes de o governo ter conseguido na Justiça um mandado de desocupação judicial.

Apesar de a polícia ter retirado os manifestantes do local no sábado (10), um grupo de cerca de 300 índios de 25 etnias retornaram ao gramado da Esplanada e continuam o protesto. O grupo pede a troca de comando na Fundação Nacional do Índio (Funai) e a derrubada de um decreto presidencial que reestruturou o órgão, fechando postos em algumas cidades.

O principal entrave nas negociações, no entanto, é o dinheiro que os índios querem receber como compensação pelo que supostamente gastaram para organizar a manifestação. Os índios apresentaram uma lista manuscrita com os gastos.

Eles pedem reembolso de R$ 260 mil de despesas com ônibus para realizar o transporte entre Maranhão e Brasília e mais R$ 180 mil com ônibus no trajeto Pernambuco-Brasília. Há ainda o pedido de R$ 119,9 mil para gastos com alimentação dos manifestantes “na estrada”. Outros R$ 3.360 teriam sido gastos com diárias de hotel e alimentação. O total da reivindicação chega a R$ 563.260 dos quais R$ 440 mil apenas com viagens.

A lista de gastos foi entregue à Funai, ao Ministério da Justiça e ao gabinete da Presidência da República. Um dos manifestantes que assinam o documento confirmou ao G1 a autenticidade do pedido, que foi enviado por fax para os órgãos do governo federal.

O Ministério da Justiça confirma ter recebido o pedido financeiro, mas informou ao G1 que não há qualquer possibilidade de o governo fazer o pagamento do valor pedido pelos índios, mas que pode oferecer aos manifestantes transporte até suas aldeias de origem e alimentação durante o trajeto.

A negociação para que o governo ajudasse financeiramente os manifestantes começou em uma reunião no dia 12 de junho, em que estiveram presentes representantes dos três órgãos governamentais. Desta reunião saiu um documento dizendo que o governo se comprometia a pagar o transporte e a alimentação dos manifestantes e diárias em hotéis para que 20 deles continuassem em Brasília para negociar as reivindicações do movimento.

Foi com base nessa negociação que a conta foi apresentada. Osvaldo Rosa da Silva Júnior, um dos signatários do pedido financeiro, afirma que o acordo previa o pagamento de todas as despesas com o protesto. “Essa gente toda teve que comer esse tempo todo. O governo não cumpriu nada do que prometeu”, reclamou.

O indígena Osvaldo afirma que a questão financeira não foi o único problema de negociação. Eles afirmam que outros pontos do acordo, como a recriação de postos da Funai nas cidades de São Luís (MA), Guaranhuns (PE) e Curitiba (PR) também fizeram com que a manifestação continuasse.

Ele afirma que diante do fracasso das negociações os indígenas não deixam mais o espaço nem que o valor pedido seja pago. Osvaldo afirma que o protesto só termina com a demissão do presidente da Funai, Marcio Meira

Nesta quarta-feira, cerca de 80 indígenas, entre eles muitas crianças, ocupavam a Esplanada dos Ministérios, se acomodando em redes e no chão. Uma das manifestantes, Edinária Bento, afirma que cerca de 300 pessoas continuam no protesto, ainda que nem todos fiquem no local o tempo todo.

Segundo ela, os indígenas têm sobrevivido de doações feitas por pessoas ligadas ao movimento, e o transporte para Brasília foi pago com dinheiro arrecadado nas bases, principalmente com a venda de artesanato.


Inpe detecta 109,6 km² de desmatamento em maio na Amazônia



Área equivale a 68 vezes o Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Total do mês é maior que março e abril somados.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou desmatamento de 109,6 km² da floresta amazônica no mês de maio. A área, divulgada pelo instituto nesta quinta-feira (15), equivale a 68 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou a quase seis vezes o tamanho da ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco.

Segundo os novos dados do Inpe, maio é mês com o segundo maior desmatamento detectado pelo sistema em 2010, atrás de fevereiro, que teve 185 km² devastados. O bioma amazônico no Brasil perdeu mais floresta em maio do que em março e abril juntos, quando foram identificados 103,5 km² de devastação.

Nos meses de janeiro e fevereiro, o Inpe havia detectado 208,2 km² de devastação na Amazônia. Já em outubro e novembro de 2009, o desmatamento detectado foi de 247,6 km² - o mês de dezembro ficou sem medição por conta da forte cobertura de nuvens nesta época do ano.

O estado que apresentou maior área de desmatamento registrado foi Mato Grosso, pela terceira vez seguida neste ano, com 51,9 km² . O Pará aparece como o segundo estado mais desmatado, com 37,2 km².

O instituto, sediado em São José dos Campos (SP), ressalta que em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) não são uma medição exata do desmatamento mensal da floresta amazônica.

Em maio, por exemplo, 45% da Amazônia Legal esteve coberta por nuvens, impedindo a visualização por satélite. Por isso, o Inpe não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos.

Em operação desde 2004, o Deter foi criado para apoiar a fiscalização ambiental. Embora os dados sejam divulgados em relatórios mensais, seus resultados são enviados a cada quinzena ao Ibama, responsável por fiscalizar as áreas.

Imagem de satélite mostra alertas de desmatamento no mês pelo sistema Deter. (Foto: Reprodução/ Inpe)

O sistema gera alertas para áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, e para degradação progressiva, quando há destruição parcial da mata.

O Deter registra apenas focos com área maior que 250 mil metros quadrados, por conta da resolução dos sensores dos satélites. Além disso, devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos com essa dimensão ou maiores são identificados.


terça-feira, 6 de julho de 2010

Peru expulsa religioso britânico envolvido em protestos pela Amazônia


Paul McAuley terá de deixar o país até quinta-feira (8).

Ele dirige ONG que se opõe a empresas petroleiras e madeireiras.

O governo peruano advertiu nesta segunda-feira (5) que não permitirá que estrangeiros realizem protestos no país, depois de cancelar o visto de residência de um religioso britânico que se envolveu em manifestações pela defesa da Amazônia.

Paul McAuley, radicado há 20 anos no Peru, foi informado na semana passada que terá de deixar o país até quinta-feira, pois teria violado regras legais, razão pela qual seu visto não foi renovado.

"A única coisa que fazemos é dizer aos estrangeiros que respeitem as leis peruanas", disse a jornalistas o primeiro-ministro Javier Velásquez.

McAuley dirige a ONG Rede Ambientalista Loretana, que se dedica a defender o bom uso dos recursos naturais da Amazônia peruana, foco de conflito entre nativos, governo e empresas que exploram petróleo, gás natural e madeira na floresta.

Segundo o governo, o religioso violou as regras ao promover e participar de passeatas e manifestações contra o governo na localidade de Iquitos, no nordeste do país.


sábado, 3 de julho de 2010

Desmatadores derrubam o equivalente a 130 carretas de madeira em MT



Exploração seletiva escondia destruição dos satélites.

Material apreendido foi avaliado em R$ 1 milhão.

O acaso levou fiscais do Ibama a encontrarem uma área de 32 km² de exploração irregular de madeira no município de Nova Ubiratã, em Mato Grosso. Eles circulavam na região após visitarem outra área de desmatamento e acabaram se perdendo, indo parar na fazenda onde milhares de metros cúbicos de madeira cortada ilegalmente estavam acumulados.

Ao todo, foram apreendidos 3.337 metros cúbicos de madeira (o suficiente para encher 133 carretas). Os agentes demoraram duas semanas para fazer o levantamento do material apreendido, como informa o chefe da fiscalização do órgão federal ambiental em Sinop (MT), Evandro Selva. O lugar foi encontrado no dia 2 de junho e o produto da apreensão foi avaliado em cerca de R$ 1 milhão.

Entre as toras apreendidas havia principalmente as variedades itaúba e cambará. A exploração era feita de maneira seletiva, ou seja, sem derrubada total da floresta. Por isso, apesar da grande extensão, o desmatamento ilegal não aparecia no mapeamento fornecido pelo instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo Selva, já não restavam em pé árvores de interesse para exploração madeireira no local. No momento da chegada dos fiscais, não foi encontrado ninguém. Uma pessoa se identificou como proprietária da área posteriormente, embora sem apresentar documentação. O desmatamento ilegal lhe rendeu multa de R$ 15 milhões. O principal desafio agora é remover a madeira da fazenda para evitar que seja roubada.


Fiscais multam donos de terras em R$ 25 milhões por desmatamento no Pará

Proprietários derrubaram área do tamanho do Parque da Tijuca, no Rio.

Operação usou imagens de satélite divulgadas pelo Inpe.

Fiscais do Ibama embargaram 6 áreas de floresta e multaram em R$ 25 milhões proprietários de terra responsáveis pelo desmatamento de cerca de 80 quilômetros quadrados da Amazônia, equivalente ao tamanho do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.

A fiscalização ocorreu nas cidades de Tucuruí, Pacajá, Goianésia do Pará e Jacundá, todas no sudeste do Pará. Para encontrar os locais, os agentes se basearam em imagens de satélite reveladas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Durante a operação, os fiscais ainda apreenderam um trator, 7 caminhões, 8 motosserras e 300 metros cúbicos de madeira.


Índios afetados por petróleo na Amazônia visitam o Golfo do México

Grupo leva cartilha sobre como conviver com desastre ambiental.

Eles acreditam que poluição no Golfo do México será duradoura.

Líderes indígenas do Equador que no passado foram atingidos por vazamentos de petróleo na Amazônia estão no Golfo do México até esta sexta-feira (2) para conhecer a costa de Nova Orleans e Louisiana. Eles vão se encontrar com tribos nos Estados Unidos que sofrem com o derramamento de óleo causado pela explosão da plataforma da British Petroleum (BP) na região, em abril passado.

No encontro, os visitantes da Amazônia lançaram uma cartilha que contém dicas sobre como reagir aos impactos do vazamento de petróleo sobre uma comunidade. A publicação, cujas sugestões assumem tom de "mandamentos", foi realizada com apoio das organizações não governamentais Amazon Watch e Rainforest Action Network, que também coordenaram a viagem.

A mensagem dos líderes do Equador diz, por exemplo, que não se deve confiar na empresa poluidora para limpar a "bagunça" adequadamente e ressalta que os impactos do vazamento serão duradouros.

Os visitantes pertencem a comunidades que tiveram que lidar com o vazamento de óleo após um acidente da Texaco (hoje Chevron) ocorrido na década de 1960. Segundo a Amazon Watch, a contaminação pelo óleo resultou na morte de ao menos 1,4 mil pessoas.

A tribo escolhida para a visita aos Estados Unidos foi a Houma, que reúne cerca de 17 mil moradores na costa de Louisiana. A caça e a pesca da comunidade estão entre suas principais atividades e foram prejudicadas pelo óleo da BP.



INDIOS NO FORUM MUNDIAL SOCIAL - BELEM DO PARA - BRASIL

INDIO NO FORUM MUNDIAL SOCIAL - BELEM DO PARA - BRASIL

INDIOS CAIAPOS NO FORUM MUNDIAL SOCIAL - BELEM DO PARA - BRASIL

INDIO NO FORUM MUNDIAL SOCIAL - BELEM DO PARA - BRASIL

FAMILIA INDIGENA NO FORUM MUNDIAL SOCIAL - BELEM DO PARA - BRASIL