Ferido e sem alimento, ele comia barro do fundo de um lago.
O peixe-boi foi encaminhado para o laboratório de mamíferos aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), onde será tratado. Segundo o veterinário Anselmo d´Affonseca, o filhote é uma fêmea. Ela tem 78 centímetros, pesa 13 quilos e está muito magra e desnutrida, além de ter um ferimento na cauda, no local onde a corda estava amarrada. “Hoje de manhã eu notei que as fezes dela são praticamente lama. Ela deveria estar com uma carência nutricional muito grande e estava ingerindo lama do fundo do Igarapé”, conta.
Com três meses de idade, o peixe-boi ainda deveria estar sendo amamentado pela mãe, conta o veterinário. “Ainda existe uma teimosia ou uma tradição de tentar criar os filhotes em cativeiro. Isso, em 100% dos casos, leva à morte.”
Casos recorrentes
Esse já é o quarto peixe-boi que chega ao Inpa em 2009. Segundo d´Affonseca, praticamente todos os casos são de filhotes órfãos, que perderam a mãe por causa da caça ou ficaram presos em redes de pescadores. Por ser uma presa fácil, o peixe-boi corre o risco de extinção.
0 comentários:
Postar um comentário