Pesquisadores fizeram árvore genealógica de anfíbios. São conhecidas 353 espécies desse tipo de sapo. A grande variedade de sapos venenosos encontrada na Amazônia tem raízes na Cordilheira dos Andes, não apenas de um processo evolutivo local como se pensava, concluiu um estudo da Universidade do Texas (EUA). Juan Santos, autor principal da pesquisa, afirma que os perigosos e coloridos sapos vieram da região andina para a planície amazônica há milhões de anos. Para reconstruir a história dessas espécies de anfíbios em 45 milhões de anos, os cientistas estudaram seu DNA, já que não havia fósseis suficientes para o estudo. Foi criada uma árvore genealógica com 223 das 353 espécies de sapos venenosos conhecidos na região amazônica. A análise aponta que toda essa variedade descende de 14 espécies ancestrais que existiram há cerca de 23 milhões de anos. Onze delas têm origem nos Andes. Segundo nota da Universidade do Texas, a pesquisa é a primeira a mostrar que os Andes contribuíram para a grande biodiversidade amazônica, o que contraria a ideia de que as inúmeras espécies existentes na floresta surgiram todas na própria região.
A chegada dos sapos venenosos à Amazônia aconteceu antes mesmo de surgir a densa rede fluvial da região – calcula-se que o Rio Amazonas tenha surgido há 9 milhões de anos.
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