Fantástico denunciou oferta de lotes pela internet em MT. A negociação de lotes de reforma agrária em Mato Grosso, denunciada pelo Fantásticoneste domingo (1), é considerada crime, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Depois que o assentado recebe a terra, é necessário esperar dez anos para poder vender a área, informa o instituto. Caso esse período não seja respeitado, tanto o vendedor quanto o comprador do lote podem ser processados e ficar sem direito à terra. Venda antes da hora As terras que estavam sendo negociadas pela internet fazem parte do assentamento Barra Norte, criado em 2001. Com área de 42 quilômetros quadrados, o empreendimento ocupa uma região equivalente a duas vezes a ilha de Fernando de Noronha. Para vender as terras, os assentados deveriam esperar pelo menos até 2011, além de quitar as dívidas com o governo. Se você sabe de casos de irregularidade ou crimes ambientais cometidos na Amazônia, denuncie pelo e-mail globoamazonia@globo.com .
Assentados só podem vender suas terras após dez anos
Em relação ao caso mostrado pelo Fantástico, em que uma pessoa vende pela internet três lotes comprados de assentados no município de Novo Mundo (MT), o Incra respondeu que as terras serão retomadas. Segundo a assessoria de imprensa do instituto, o vendedor será comunicado que o terreno está em situação irregular. Caso não concorde em devolver os lotes – que pertencem à União –, o Incra entrará na Justiça para recuperar a área.
O órgão também informa que no final de 2008 lançou uma campanha para conscientizar as pessoas que recebem terras da reforma agrária. “Com o mote 'O futuro não tem preço’, reforçamos ao assentado as responsabilidades e penalidades previstas na lei. Foram distribuídos 60 mil cartazes para as 30 superintendências do Incra”, diz a assessoria do instituto.
Segundo o Incra de Mato Grosso, o assentamento recebeu, em 2006, R$ 481 mil para a instalação dos assentados, incluindo crédito para compra de material de construção. O montante teria beneficiado 65 famílias que moram no local.
0 comentários:
Postar um comentário