Los identificadores de los grandes árboles en la Amazonia se están jubilando. Sin ellos será aún más difícil y cara la investigación. Os últimos tradutores da floresta Os grandes identificadores de árvores da Amazônia estão se aposentando. Sem eles, fica ainda mais difícil – e caro – fazer pesquisas Para os olhos desavisados que o acompanham pela mata, as flores e os cipós caídos na trilha são apenas imagens de uma bela paisagem. Para Carlito, essas são peças de um quebra-cabeça que vai definir o nome da árvore que ele precisa identificar. Com os olhos fixos na casca vermelha de um tronco, ele mexe na folhagem do chão, tira um facão da cintura e faz um talho na planta. Depois, cheira o pedaço de madeira. Nomes em latim começam a ser ditados. Pinophyta, Pinaceae e Cedrella. Quando questionado sobre uma possível tradução para o falatório científico, ele responde com um sorriso entre os lábios: “Encontramos um cedro, o rei da floresta”. Carlito é um dos últimos identificadores de árvores do país. O nome oficial de sua profissão é parabotânico. Ele não gosta de ser confundido com um mateiro, pessoa contratada para abrir trilhas. “Minha tarefa não é guiar na floresta, e sim reconhecer as árvores”, diz. Sem os parabotânicos, as pesquisas na Amazônia ficam comprometidas. “É muito difícil estudar a vegetação da floresta sem um identificador”, afirma Regina Célia Lobatto, especialista em taxonomia do Museu Emílio Goeldi. “É claro que um botânico pode fazer o trabalho, mas leva três vezes mais tempo. E, se os pesquisadores demorarem muito em campo identificando árvores, os estudos de laboratório param.” Um parabotânico experiente pode até participar de uma publicação científica. “Os identificadores são a junção do conhecimento das populações tradicionais com a metodologia acadêmica”, diz Paulo Barreto, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Eles conseguem, por meio de suas técnicas de identificação, separar as plantas por família e gênero. Alguns até classificam as espécies. Uma tarefa para poucos. “Em A identificação de uma árvore começa pelo olfato. “Cada espécie tem um cheiro. Você nunca vai esquecer do aroma da madeira do breu, muito usada para fabricar perfumes”, afirma Carlito, apontando para uma árvore a Muitos identificadores famosos começaram como escaladores de árvores. Eles subiam até As folhas que Carlito consegue derrubar com o elástico são etiquetadas e guardadas em um saco plástico. Elas vão ser levadas para o laboratório do Museu Goeldi. A descrição feita pelos identificadores é checada por botânicos. As dúvidas sobre espécie e subespécie são avaliadas por especialistas. Na maioria dos casos, esses botânicos entendem apenas de algumas famílias específicas. O conhecimento geral sobre a floresta é um talento dos identificadores. As expedições científicas na Amazônia são caras. Duas semanas na mata podem custar até R$ 20 mil. “Com os identificadores, fica mais rápido fazer o levantamento da área. Isso economiza tempo e dinheiro”, afirma Edson Vidal, pesquisador de manejo florestal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). A presença de um parabotânico em uma pesquisa também ajuda na publicação internacional. Revistas científicas, como Nature e Science, exigem a garantia da identificação correta das árvores. “Ter um parabotânico renomado ajuda a dar mais credibilidade ao trabalho. Isso abre portas para uma pesquisa”, afirma Vidal. Carlito possui uma parceria de mais de três décadas com o engenheiro florestal Antônio Sérgio Lima da Silva, conhecido como Serginho. Enquanto trabalham na floresta, Carlito e Serginho conversam pouco. O silêncio só é interrompido pela enxurrada de nomes em latim, quando deparam com alguma árvore especial. É o engenheiro florestal quem passa para o papel o conhecimento do parabotânico. A dupla participou de grandes projetos da Amazônia, como a construção da hidrelétrica de Tucuruí, a implantação da mineradora Vale do Rio Doce na Floresta Nacional de Carajás e a análise para a exploração comercial da flora amazônica da empresa de cosméticos Natura. “Foram muitas aventuras. Uma vez naufragamos no Rio Xingu com pesquisadores gringos. Ficamos 15 dias em uma ilha comendo manga com farinha molhada”, diz Serginho. Apesar da importância científica, a profissão de identificador pode acabar. O número desses profissionais é cada vez menor nas instituições de pesquisa da Amazônia. “Acredito que não deva existir mais de dez parabotânicos em toda a região”, diz Barreto, do Imazon. Um dos principais obstáculos para a formação de novos identificadores é a ausência de treinamento. A grande maioria dos parabotânicos que atuam na floresta foi formada há mais de 30 anos. Eles aprenderam a classificar as árvores com os grandes pesquisadores que passaram pela Amazônia, como João Murça Pires, Graziela Barroso e Christopher Uhl, precursores da geração de botânicos e engenheiros florestais de hoje. “Alguns técnicos estão tentando aprender a identificar, mas falta uma orientação científica”, diz Carlito. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) promove cursos de até uma semana para formar parabotânicos. “A idéia é boa, mas é muito pouco tempo para aprender tudo sobre a floresta”, afirma Vidal, da Esalq. Carlito pretende se aposentar no próximo ano. Não há ainda um nome para substituí-lo no Museu Goeldi. A solução seria a criação de uma escola de parabotânica. Sentado em um tronco de árvore, Carlito fala sobre o sonho de fazer um curso para identificadores. “Quero ensinar minha profissão para os jovens”, diz. “De preferência, filhos de ribeirinhos ou gente do interior da floresta. Essas pessoas possuem mais facilidade para trabalhar na mata, pois já têm um conhecimento tradicional da região.” O curso idealizado por Carlito foi desenhado em parceria com o engenheiro florestal Serginho. “Em um ano teríamos pessoas aptas para acompanhar qualquer equipe de pesquisa”, afirma. Depois fica em silêncio, levanta do tronco e volta a caminhar na floresta. Após passar por um córrego, ele aponta para o local onde estava sentado. “Preciso aproveitar enquanto ainda tenho saúde para ensinar na prática tudo o que sei sobre estas matas. Se demorar muito, vou acabar como aquela castanheira. Tombado na floresta.” O projeto da escola de parabotânicos está pronto há mais de dez anos. Carlito e Serginho ainda não encontraram um patrocinador para a idéia. “Se eles conseguirem fazer essa escola, vão salvar mais uma espécie em extinção da Amazônia, a dos identificadores de árvores”, diz Edson Vidal, da Esalq.
La identificación de un árbol comienza con el olor. "Cada especie tiene un olor. Usted nunca olvidará el olor de la madera de la brea que es ampliamente utilizado para hacer perfumes ", dijo Carlito, apuntando a un árbol a 100 metros del camino por el que transitamos. "Para entender el bosque, hay que utilizar los cinco sentidos". Carlito llega a masticar los pequeños pedazos de madera cortadas de los registros con su machete. "Algunas especies se diferencian por el sabor amargo o dulce de su savia", dice.
Muchos identificadores son famosos por escalar árboles. Carlito sube hasta 40 metros de altura con solo una correa de apoyo adjunta a los pies. Proveniente de la región natural de la frontera de Pará con los Territorios del Noroeste, el primer trabajo de Carlito fue en el Museo Emilio Goeldi. "Yo estaba contratado por el Profesor John Murça Pires, uno de los padres de la botánica en el Amazonas. Fue él quien me alentó a estudiar ", dice. Lo importante de la escalada en el dosel de los árboles es recoger las hojas. Ellos son la parte más importante de la identificación. "Es la clave para descifrar un árbol."
Las hojas que pueden tomar Carlito con el elástico están etiquetadas y almacenadas en una bolsa de plástico. Ellas se van a llevar al laboratorio del Museo Goeldi. La descripción hecha por los identificadores está marcada por los botánicos. Las dudas acerca de las especies y subespecies son evaluadas por especialistas. En la mayoría de los casos, estos botánicos crean sólo unas pocas familias. El entendimiento general de los bosques es un talento de los identificadores.
Las expediciones científicas en la región amazónica son costosas. Dos semanas en el bosque puede costar hasta $ 20 mil. "Con los identificadores, es más rápido para hacer el levantamiento de la zona. Esto ahorra tiempo y dinero ", dice Edson Vidal, un investigador en la gestión forestal de la Escuela Superior de Agricultura Luiz de Queiroz de la Universidad de São Paulo (ESALQ / USP).
La presencia de un parabotânico en una búsqueda también ayuda a la publicación internacional. En revistas científicas tales como la Naturaleza y la Ciencia se requiere garantizar la correcta identificación de los árboles. "Tener un renombrado parabotânico ayuda a dar más credibilidad al trabajo. Esto abre las puertas para una búsqueda", dice Vidal.
Carlito tiene una asociación de más de tres décadas con el ingeniero forestal Sergio Antonio Lima da Silva, conocido como Serginho. Mientras trabajan en el bosque, Carlito y Serginho hablan poco. El silencio sólo es interrumpido por la segunda vuelta de los nombres en latín, o cuando se enfrentan con algunos árboles especiales. Es el ingeniero forestal que tiene conocimiento del papel del parabotânico.
Carlito quiere jubilarse el próximo año. Hay todavía un nombre para sustituirlo en el Museo Goeldi. La solución sería la creación de una escuela de parabotânica. Sentado en un tronco de árbol, Carlito habla sobre el sueño de hacer un camino para los identificadores. "Quiero enseñar mi profesión a los jóvenes", dice. "Idealmente para los hijos de personas de dentro o limítrofes de la selva. Estas personas son más fáciles de trabajar en el bosque porque tienen un conocimiento tradicional de la región".
El curso diseñado por Carlito fue diseñado en asociación con el ingeniero forestal Serginho. "En un año tendríamos las personas capaces de controlar cualquier equipo de investigación", dice. Después permanece en silencio, elevar el tronco y la espalda caminando en el bosque. Después de pasar por un arroyo, apunta la ubicación del lugar donde estaban sentados. "Me gusta, aunque todavía tienen que enseñar en la práctica de la salud todo lo que sabemos acerca de estos bosques. Si demasiado larga, me acaban igual que la nuez. Volcó en el bosque”.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
LOS ULTIMOS TRADUCTORES DE LA SELVA AMAZONICA
Carlos da Silva Rosario puede leer la Amazonia. Con pasos precisos, Carlito, como es conocido, se desvía de la vid y zarza. Parece esperar obstáculos. Con sus 59 años, la mitad de ellos viviendo en lugares alejados de las pistas al norte del país, tiene la agilidad de un muchacho.
Su misión es llegar donde casi nadie paso para reconocer los árboles. En su día a día, tiende a tomar la lluvia y pasar el día sin comer. Los ataques de avispas, un calor sofocante y el riesgo de ser atacado por animales venenosos son, para él, sólo molestias menores.
Atento, acompaña con sus ojos el bosque, las flores y vides que han caído no son sólo imágenes de un hermoso paisaje. Para Carlito estas son piezas de un rompe cabeza que definirá el nombre del árbol que las necesidades nos hacen identificar.
Con los ojos fijos en la corteza de color rojo de un árbol, se mueve en el follaje de la tierra, toma un machete de su cintura… luego, huele la pieza de madera. Los nombres en latín empiezan a ser dictados. Conífera, Pinaceae y Cedrella. Cuando se le preguntó acerca de una posible traducción para los científicos cotorrear, él responde con una sonrisa de los labios: "Hemos encontrado un cedro, el rey de la selva".
Carlito es uno de los últimos identificadores de árboles en el país. El nombre oficial de su profesión es parabotânico. No le gusta ser confundido con un jardinero, persona contratada para abrir senderos. "Mi tarea no es ser guía en el bosque, sino la de reconocer los árboles", dice. Sin los parabotânicos, la investigación en la Amazonia está comprometida.
"Es muy difícil estudiar la vegetación del bosque sin un identificador", dice Regina Célia Lobatto, un experto en taxonomía del Museo Emilio Goeldi. "Claramente, un botánico puede hacer el trabajo, pero toma tres veces más tiempo. Y si los investigadores pasan mucho en el campo identificando árboles, los estudios de laboratorio se detienen".
Un experimentado parabotânico puede incluso participar en una publicación científica. "Los identificadores cruzan los conocimientos tradicionales de las personas con la metodología académica", dice Paulo Barreto, investigador del Instituto de Derechos Humanos y de Medio Ambiente en la Amazonía (IMAZON).
Ellos pueden, a través de sus técnicas identificar, separar las plantas de la familia y género. Algunos incluso describen la especie. Un trabajo para unos pocos. "En 1 hectárea de la Amazonia puede haber hasta 600 variedades de árboles", dijo Barreto. "Ver a través de esta mega-biodiversidad es muy difícil. Algunas enciclopedias parabotânicas viven en la Amazonia".
Después de media hora de caminata, se detiene y apunta a algún tipo de tirador elástico en la corona de un árbol de más de 30 pies de altura. El pequeño objeto es la única manera de alcanzar el follaje para Carlito que está suspendido en la parte superior de los árboles. Cuando usted puede nombrar algunas hojas, celebra con un grito de alegría. "Es más fácil cuando se podría contratar a los escaladores. Hoy en día, está prohibido. Si yo fuera más joven recogería hojas ", dice alicaído.
Los dos participaron en los principales proyectos en la Amazonia, como la construcción de la planta hidroeléctrica de Tucuruí, el despliegue de la minería Vale do Rio Doce en el Bosque Nacional de Carajás y en el análisis para la explotación comercial de la flora amazónica de la empresa de cosméticos Natura.
"Hay muchas aventuras. Una vez se hundió en el río Xingu con investigadores gringos. Estuvimos 15 días en una isla comiendo mango con harina mojada ", dijo Serginho. A pesar de la importancia científica, la profesión de identificador puede desaparecer. El número de estos profesionales es cada vez menor en las instituciones de investigación de la Amazonía. "Creo que no debe haber más de diez parabotânicos en toda la región", dijo Barreto, el IMAZON.
Uno de los principales obstáculos a la formación de nuevas identidades es la falta de formación. La gran mayoría de los parabotânicos que trabajan en el bosque se formó más de 30 años. Ellos aprendieron a clasificar los árboles con los principales investigadores que han estado en la Amazonía. Al igual que de John Murça Pires, Graziela Barroso y Christopher Uhl, los precursores de la generación de botánicos y forestales de los ingenieros de hoy. "Algunos técnicos están tratando de aprender a identificar, pero carecen de un enfoque científico", dice Carlito. La Empresa Brasileña de Investigación Agropecuaria (Embrapa) promueve cursos de hasta una semana para formar parabotânicos. "La idea es buena, pero es muy poco tiempo para aprender todo sobre el bosque", dice Vidal, el ESALQ.
El diseño de la escuela de parabotânicos estará listo para dentro de más de diez años. Carlito y Serginho todavía no han encontrado un patrocinador para la idea. "Si ellos crean esta escuela, podrán salvar una especie en peligro de extinción en la Amazonía: los identificadores de los árboles", dice Edson Vidal, de ESALQ.
Fuente www.veja.com
0 comentários:
Postar um comentário