Chico Mendes
El 15 de diciembre de 1944, nació en Xapuri, Acre, Francisco Alves Mendes Filho, más conocido como "Chico Mendes". Su muerte el 22 de diciembre de 1988, debilitó el espíritu de resistencia en defensa de la selva amazónica. Para recordar una vida de lucha en favor de los pueblos de los bosques, el Comité Chico Mendes, el Instituto Chico Mendes y el Gobierno del Estado de Acre han programado una serie de actividades que constituye la Semana Chico Mendes, el 14 de diciembre hasta el 22.
Según Mendes Elena, hija de Chico, es importante recordar la lucha de su padre en defensa de los bosques en estos tiempos de escasez de recursos naturales: "Es importante mantener viva su memoria, porque fue un gran líder que surgió cuando nadie sabía lo que significaba el calentamiento global; pero que personas como su padre, siringueros que necesitan el bosque para sobrevivir saben de la importancia que la Amazonía tiene para el planeta”.
Elena cuenta que desde la muerte de su padre muchos cambios se produjeron en la región. "Después de su muerte, se establecieron reservas para la extracción, las reservas para la conservación de los bosques... finalmente las cosas han cambiado mucho; pero se tienen que crear los mecanismos para que los siringueros vivan dignamente en la selva, sin tener que ser llamados a criar ganado o dejar sus lugares para ir a ocupar un lugar en los barrios en las ciudades ", señala.
El 10 de diciembre, la Comisión de Amnistía del Ministerio de Justicia aprobó por unanimidad la solicitud de amnistía política para Chico Mendes. La solicitud fue presentada en 2005 por la viuda del siringuero, Ilzamar Mendes. La familia tiene derecho a una indemnización porque el siringuero fue perseguido durante el régimen militar. "Mi padre nunca tuvo participación con cosas ilegales, y ser acusado de incitar a la violencia fue un gran error que el Brasil fue capaz de corregir 20 años después", dice Elena.
Actualmente, preside el Instituto Chico Mendes, que administra todos los activos de la fundación, el cuerpo y la casa donde vivía Chico Mendes, que forman parte del Patrimonio Histórico Nacional: "Mi padre dejó un gran legado de lucha a la humanidad, no soy la única heredera de esto, ya que muchos se alzaron en defensa de la Amazonía; aunque en principio era reacia a involucrarme en la defensa de la Amazonía, de los siringueros y los pueblos de la selva, pues pensaba que todo lo que se había conseguido era la muerte de mi padre", dice.
Un día, cuando vio una foto con un mensaje de Chico Mendes en la espalda de alguien, sin embargo cambió su opinión: "Cuando vi esa foto, esta me dijo que “Esta es la vanguardia de la esperanza, Elena debes continuar la lucha que tu padre no pudo ganar”. Era como si la bala que le quitó la vida estaba entrando en mi pecho y me hizo despertar y ver la tarea que tenía que cumplir, continuando su lucha; eso es lo que estoy haciendo hoy en mi vida para continuar esta lucha”.
El acto que dio inicio a la semana Chico Mendes (14) fue un espectáculo de los artistas acreanos, quienes homenajearon a Chico Mendes en la Plaza Central, en Xapuri. El lunes (15), se realizó la ceremonia de apertura en el Teatro Plácido de Castro en Río Branco, a partir de las 19h, con la presencia de Zuenir Ventura, quien escribió el libro "Chico Mendes - Crimen y castigo". Al día siguiente (16) se entregó el 2º Premio Chico Mendes para la Cultura. Está prevista la publicación de libros y DVD, seminarios, proyecciones de películas, exposiciones, entre otras actividades.
TEXTO EN BRASILEÑO
Semana Chico Mendes lembra 20 anos da morte do líder seringueiro
Para relembrar uma vida de luta em favor dos povos da floresta, o Comitê Chico Mendes, o Instituto Chico Mendes e o Governo do Estado do Acre programaram uma série de atividades que constitui a Semana Chico Mendes, do dia 14 até 22 de dezembro.
No dia 15 de dezembro de 1944, nascia, em Xapuri, Acre, Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como "Chico Mendes". Sua morte, em 22 de dezembro de 1988, não esmoreceu o espírito de resistência em defesa da Floresta Amazônica. Para relembrar uma vida de luta em favor dos povos da floresta, o Comitê Chico Mendes, o Instituto Chico Mendes e o Governo do Estado do Acre programaram uma série de atividades que constitui a Semana Chico Mendes, do dia 14 até 22 de dezembro.
Segundo Elenira Mendes, filha de Chico, é importante relembrar a luta de seu pai em defesa da Floresta nesses tempos de escassez de recursos naturais: "É importante para manter viva a sua memória, pois ele foi um grande líder que surgiu quando ninguém ainda nem sabia o que significava aquecimento global, mas ele, seringueiro que precisava da floresta para sobreviver, já sabia da importância que a Amazônia tinha para o planeta".
Elenira conta que, desde a morte de seu pai, muitas mudanças ocorreram na região. "Após sua morte, vieram as reservas extrativistas, reservas de conservação das florestas... enfim muita coisa mudou, mas precisamos de fato criar mecanismos para que o seringueiro sobreviva de forma digna na floresta sem precisar derrubar para criar gado ou sair das suas colocações para ocupar periferias nas cidades", ressalta.
No dia 10 de dezembro, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça aprovou, por unanimidade, o pedido de anistia política de Chico Mendes. O pedido havia sido protocolado em 2005 pela viúva do seringueiro, Ilzamar Mendes. A família terá direito à indenização pelo fato de o seringueiro ter sido perseguido durante o regime militar. "Meu pai nunca teve envolvimento com coisas ilícitas e ser acusado de incitar violência foi um grande erro que o Brasil soube corrigir 20 anos depois", afirma Elenira.
Atualmente, ela preside o Instituto Chico Mendes, que administra todo o patrimônio da fundação, o acervo e a casa onde morou Chico Mendes, tombada como Patrimônio Histórico Nacional: "Meu pai deixou um grande legado à humanidade, não sou a única herdeira, pois muitos se levantaram em defesa da Amazônia, relutei em me envolver na causa em defesa da Amazônia, dos seringueiros e dos povos da floresta, pois achava que tudo isso tinha rendido apenas a morte de meu pai", conta.
Após encontrar uma foto sua com uma mensagem de Chico Mendes no verso, ela mudou de opinião: "Quando recebi uma foto que no verso ele dizia para mim ‘Eis a vanguarda da esperança, Elenira darás continuidade à luta que teu pai não conseguirá vencer’, foi como se a bala que tirou a vida dele, tivesse agora entrando no meu peito e me fazendo despertar para a missão que eu tinha que cumprir, dando continuidade a sua luta, e é isso que faço hoje na minha vida, dar continuidade a essa luta".
A Semana Chico Mendes começou no domingo (14) com um show de artistas acreanos fazendo um Tributo a Chico Mendes, na Praça Central, em Xapuri. Na segunda-feira (15), foi realizada a solenidade de abertura no Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco, a partir das 19h, com a presença de Zuenir Ventura, que escreveu o livro "Chico Mendes - Crime e Castigo’. Nesta (16), haverá a entrega do 2° Prêmio Chico Mendes de Cultura. Estão previstos lançamentos de livro e de DVD, seminários, mostra de filmes, exposições, entre outras atividades.
0 comentários:
Postar um comentário