A instalação da nova fonte de energia não foi barata. Segundo Hueliton Ferreira, analista ambiental de Anavilhanas, todo o projeto custou R$ 30 mil. Ao longo do tempo, contudo, a economia pode compensar. As duas bases flutuantes que receberam a nova tecnologia gastavam 3 mil litros de óleo diesel por ano gerar energia elétrica. Considerando o preço local do combustível, de cerca de R$ 2,50, a energia solar pode gerar economia de R$ 7.500 anuais, compensando o investimento em quatro anos.
Ferreira calcula que, quando o tempo está aberto, todas as baterias do sistema possam ser carregadas em apenas um dia. Com tempo nublado, a carga é mais lenta. “Sem alimentação, as baterias duram uns quatro dias, usando todos os equipamentos da base”, informa. Graças a conversores, a energia gerada é de 110 volts, não sendo necessária nenhuma adaptação aos aparelhos eletrônicos.
Diesel na Amazônia
O modelo implantado em Anavilhanas pode servir de exemplo para locais isolados na Amazônia. Hoje, vilas e até cidades inteiras consomem energia vinda de geradores a diesel, que são poluentes e eliminam gases causadores de efeito estufa.
No início do ano, um acidente mostrou que os problemas ambientais dos geradores a diesel não param por aí: um barco que levava combustível para abastecer uma usina em Santa Rosa do Purus (AC), na divisa com o Peru, virou e derramou óleo por cerca de 300 quilômetros no Rio Purus.
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