ONG fornece dados de satélite à prefeitura de Paragominas. Após checagem, desmatamento ilegal é denunciado ao Ibama. Com a mobilização da sociedade e o monitoramento por satélite, uma das cidades com mais desmatamento na Amazônia conseguiu reduzir a devastação em 43% entre 2007 e 2008. Ataque Apesar da queda no desmatamento, a área ainda é considerável: equivale a 38 vezes o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Os problemas com a exploração ilegal de madeira às vezes parecem longe de resolvidos. Em novembro, madeireiros invadiram e depredaram o escritório do Ibama em Paragominas após uma operação que apreendeu 19 caminhões de madeira. O órgão federal reagiu e lançou uma operação no mesmo mês em que 11 mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos na região.
Paragominas é um centro de exploração madeireira no leste do Pará . Em fevereiro de 2008, a cidade foi incluída numa portaria pela então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que determinou o bloqueio do financiamento para atividades que geram desmatamento e o embargo de propriedades rurais. Os 36 municípios desta portaria respondiam por metade do desmatamento praticado na Amazônia.
Depois do anúncio da lista de cidades, ainda em fevereiro de 2008, a prefeitura de Paragominas e representantes da sociedade, como empresários e educadores, se reuniram para fazer um pacto pelo meio ambiente.
“Treinamos professores para ministrar aulas de educação ambiental. Também convocamos a população para termos, em dez anos, 12 m² de área verde por habitante. Além disso, fizemos um pacto de que ninguém mais iria desmatar em Paragominas”, conta o prefeito da cidade, Adnan Demachki (PSDB).
“Paragominas é o principal polo de madeira nativa do Brasil. Chegou a ter 240 madeireiras nos anos 90”, explica Paulo Barreto, pesquisador da ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que faz o monitoramento de desmatamento por imagens de satélite. A organização tem uma parceria com a prefeitura local e envia um relatório mensal a um técnico que verifica em campo os novos pontos de desmatamento detectados.
Depois que um novo foco de devastação é confirmado, o responsável é alertado a parar a derrubada da floresta. Caso continue, a prefeitura o denuncia ao Ibama e à Secretaria Estadual de Meio Ambiente. “Já tivemos que denunciar seis casos”, conta Demachki.
Dados divulgados no último dia 15 pelo Ministério do Meio Ambiente mostram que, de 2007 para 2008, o desmatamento caiu 43% no município, de 107 km² para 61 km².
O envolvimento da comunidade e do poder municipal facilita o controle do desmatamento, segundo Demachki. “As pessoas que devastam o município de Paragominas moram na cidade. Quando um novo desmatamento é localizado, geralmente já sabemos de quem é a propriedade”, explica.
Luciano Evaristo, coordenador-geral de Fiscalização do Ibama vê como positivo o pacto em Paragominas, e defende que os municípios devem participar mais do controle sobre o meio ambiente. “Os municípios têm de fomentar a substituição das práticas de desmatamento pelo manejo sustentável (exploração planejada da floresta que permite que ela se recupere)”, acrescenta.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Município do Pará faz pacto pela floresta e reduz desmatamento em 43%

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