Eles exigem o fim de leis aprovadas pelo governo de Alan García. Ao menos 31 pessoas morreram e 50 ficaram feridas entre indígenas e policiais nesta sexta-feira (5) durantes fortes confrontos no norte do Peru, em meio a um protesto de nativos amazônicos que reclamam a revogação de algumas leis que, segundo eles, deixam seus territórios vulneráveis. Os nativos iniciaram seu protesto em abril para exigir a eliminação de leis aprovadas pelo governo do presidente Alan García que buscam maior investimento privado em zonas ricas em recursos naturais, como petróleo e gás. "Quero responsabilizar o governo do presidente Alan García por ordenar o genocídio. Eles estão atirando balas em nós como animais", disse o líder dos nativos da região, Alberto Pizango, durante coletiva com a imprensa estrangeira. Pizango afirmou que, segundo informações recebidas da zona de conflito, há 22 nativos mortos por disparos realizados pela polícia a partir de um helicóptero. A ministra do Interior, Mercedes Cabanillas, disse a jornalistas que são nove os policiais mortos. Os protestos obrigaram a estatal Petroperu a suspender temporariamente o único oleoduto que transporta petróleo da selva norte até a costa do Pacífico. A argentina Pluspetrol parou após sua produção no norte do país devido à falta de capacidade de armazenamento. O presidente García disse mais cedo a jornalistas que responsabiliza "qualquer evento lamentável" na zona de conflitos aos dirigentes dos nativos, que "instigam" a violência apoiados por políticos opositores ao governo. "Já chegou o momento de abrir as estradas, de abrir os rios, e assumir as responsabilidades", afirmou.
Governo quer maior investimento privado em recursos naturais.
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