Localizado no norte do Maranhão, uma região de baixíssima altitude, o pantanal amazônico abriga populações que dependem de hábitos e conhecimentos primitivos. Um exemplo disso é o cesto sem fundos, feito de madeira trançada, herança dos povos indígenas.
A ferramenta é indispensável para a sobrevivência dos moradores de regiões alagadas. Ela serve para praticar a chamada pesca de choque, em que o peixe é capturado com as mãos.
São cinco, seis horas dentro da água e longas caminhadas em busca do peixe. Um trabalho que exige olhar treinado e habilidade de pescador. Uma legião de homens armados com arpões primitivos entra nos banhados. Todos em busca do mussum - uma espécie de enguia que vive no fundo lamacento dos lagos.
O grande desafio na pesca do mussum é achar as galerias subterrâneas na planície alagada. Os pescadores utilizam uma espécie de arpão para fisgar o peixe dentro da lama. Muitas vezes o pescador desaparece embaixo d'água – em um exercício de fôlego e muita paciência.
"A pessoa vai correndo a mão no chão, acha um buraquinho e ele está lá dentro", descreve o pescador José de Fátima Martins Francisco.
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